Posted: 14 Nov 2016 03:25 AM PST
O termo correto a ser utilizado pelos profissionais de saúde agora é “lesão por pressão”. O NationalPressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) anunciou mudança na terminologia de úlcera de pressão. Agora, o termo “lesão por pressão” deve ser utilizado por todo profissionais de saúde, pois descreve com mais precisão as lesões em peles intactas e ulceradas. Porém muitos ainda utilizam os termos escara, úlcera de decúbito e úlcera por pressão para referir-se ao mesmo tipo de lesão.
Devido à maior expectativa de vida da população, decorrente de avanços na assistência à saúde que tornou possível a sobrevida de pacientes com doenças graves e anteriormente letais, transformando-as em doenças crônicas e lentamente debilitantes, tem aumentado a prevalência de lesões por pressão.
A lesão por pressão ocorre devido a interrupção sanguínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um período prolongado, ocasionando falta de suprimento de oxigênio e nutrientes nos tecidos. Ela se dá devido a pressão que os tecidos moles sofrem junto à uma proeminência óssea por longos períodos. Isso leva a isquemia local, edema, ativação dos mediadores de inflamação e por fim, morte celular.
Causas e fatores de risco
Imobilidade, pressões prolongadas, fricção, traumatismos, idade avançada, desnutrição, incontinência urinária e fecal, infecção, deficiência de vitamina, pressão arterial, umidade excessiva, edema.
A lesão por pressão é indicador de qualidade da assistência
A manutenção da integridade da pele e dos tecidos subjacentes é responsabilidade multiprofissional, porém a enfermagem é a grande responsável, pois presta assistência 24h ao paciente internado.
A presença das lesões por pressão tem sido apontada como um indicador de má qualidade da assistência dos serviços de saúde, já que a maior parte delas pode ser prevenida com adoção de medidas adequadas e educação para prevenção dirigida aos profissionais de enfermagem.
A prevenção de lesão por pressão deve ser baseada, principalmente, em quatro diretrizes: Avaliação do risco, Avaliação da pele e tratamento precoce, Sobrecarga mecânica (mudança de decúbito), e uso de Superfícies de suporte e educação para os profissionais, família e paciente.
Estágios da Lesão Por Pressão:
Estágio I: Pele intacta com hiperemia de uma área localizada que não embranquece, geralmente sobre uma proeminência óssea.
Estágio II: Perda parcial da espessura dérmica. Apresenta-se como úlcera superficial com o leito de coloração vermelho pálida. Pode se apresentar ainda como uma bolha intacta ou aberta/ rompida.
Estágio III: Perda de tecido em sua espessura total. A gordura subcutânea pode estar visível, sem exposição de osso, tendão ou músculo.
Estágio IV: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular. Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso.
Lesão por pressão não classificável: perda da pele em sua espessura total, com perda tissular não visível. Ocorre perda tissular na qual a extensão do dano não pode ser confirmada devido a escara e esfacelo. Apresenta escara estável de aspecto seco, aderente, sem eritema ou flutuação.
Lesão por pressão tissular profunda: A pele pode estar intacta ou não. Ocorre descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece. Normalmente a dor e mudança de temperatura precedem as alterações de descoloração da pele. Resulta da pressão intensa, prolongada e do cisalhamento na interface osso-músculo.
Definições adicionais:
Lesão por pressão relacionada a dispositivo médico: está relacionada ao uso de dispositivos médicos com finalidade diagnóstica e terapêutica. Normalmente apresenta o formato do dispositivo; e deve ser categorizada utilizando a classificação de lesão por pressão.
Lesão por pressão em membranas mucosas: ocorre quando há histórico de uso de dispositivo médico, mas não pode ser categorizada devido à anatomia do tecido.
Principais cuidados de Enfermagem para Prevenção da Lesão Por Pressão:
Principais Fontes Consultadas
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