terça-feira, 27 de junho de 2017

Tempo de troca de equipos e dispositivos complementares - ANVISA


troca dos equipos e dispositivos complementares é baseada em alguns fatores, como tipo de solução utilizada, frequência da infusão (contínuo ou intermitente), suspeita de contaminação ou quando a integridade do produto ou do sistema estiver comprometida.

Os equipos e dispositivos complementares devem ser trocados sempre nas trocas dos cateteres venosos (periférico ou centrais); Devem ser do tipo luer lock, para garantir injeção segurar e evitar desconexões.

Minimizar o uso de equipos e extensões com vias adicionais. Cada via é uma potencial fonte de contaminação;
a) Caso seja utilizado injetor lateral dos equipos, o mesmo se destina apenas a conexões com sistema sem agulha do tipo luer lock.

Equipos de infusão contínua não devem ser trocados em intervalos inferiores a 96 horas, e equipos de a administração intermitente a cada 24 horas.

Evitar a desconexão do equipo do hub do cateter ou conector.
a) Desconexões repetidas com consequente reconexão do sistema aumenta o risco de contaminação do luer do equipo, do hub do cateter e conectores sem agulhas, com consequente risco para a ocorrência de IPCS (Infecção Primária da Corrente Sanguínea).
b) Proteja a ponta do equipo de forma asséptica com uma capa protetora estéril, de uso único, caso haja necessidade de desconexão. Não utilize agulhas para proteção.

Trocar o equipo e dispositivo complementar de nutrição parenteral a cada bolsa.
a) O equipo para administração de nutrição parenteral total (mistura de nutrientes ou formulações com aminoácido/dextrose) deve ser isento de dietilexilftalato (DEHP).
b) A via para administração da nutrição parenteral deve ser exclusiva.

Trocar o equipo e dispositivo complementar de infusões lipídicas a cada 12 horas.

a) O equipo para administração de infusões lipídicas deve ser isento de DEHP (Dietilexilftalato).

Trocar o equipo e dispositivo complementar utilizado para administrar o propofol (juntamente com o frasco do medicamento) de 6 – 12 horas (de acordo com a recomendação do fabricante.

Trocar o equipo e dispositivo complementar de administração de hemocomponentes a cada bolsa.

Trocar equipos de sistema fechado de monitorização hemodinâmica e pressão arterial invasiva a cada 96 horas.

Filtros de linha

Não devem ser utilizados com o propósito de prevenir infecção.

Bombas de infusão

Deve ser realizada a manutenção preventiva de acordo com cronograma estabelecido pelo fabricante ou pela instituição e a corretiva, quando apresentar mau funcionamento.
Devem ser mantidos os registros das manutenções.

A limpeza e a desinfecção da superfície e do painel das bombas de infusão devem ser realizadas a cada 24 horas e na troca de paciente, utilizando produto conforme recomendação do fabricante.

A troca de equipos deve ser feita de acordo com a recomendação do fabricante.

Preferencialmente, devem possuir sistema que impede o fluxo livre.


FonteANVISA, Medidas de Prevenção de InfecçãoRelacionada à Assistência à Saúde, 2ª Edição - 2017. (PAGINA 02: É permitida a reprodução parcial ou total dessa obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial).

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Pés podem apresentar sinais de obstrução das artérias

Prestar atenção neles pode prever doenças cardiovasculares, como infarto e AVC

ARTIGO DE ESPECIALISTA ATUALIZADO EM 21/02/2017
foto especialista
Dr. Bruno Valdigem 
CARDIOLOGIA - CRM 118535/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA


Os pés são uma parte do corpo negligenciada por todos. Embrulhamos em panos apertados (meias), depois colocamos em caixotes de couro (sapatos) que são feitos em formato padrão, não respeitando diferenças individuais. Chegando em casa não temos o hábito de secar entre os dedos, acumulando fungos e restos de pele morta. É a parte que menos cuidamos e menos observamos, mesmo na posição de médico. Quantas vezes um médico examinou seus pés?
Os pés estão na periferia do sistema circulatório e por isso sofrem mais com qualquer obstrução da corrente sanguínea. São menos aquecidos também. As doenças circulatórias podem ser relacionadas a três ?sistemas?: o arterial (não chega sangue), o venoso (não drena o sangue adequadamente) e o linfático (o sistema venoso não tem o suporte de drenagem que deveria). Os dois últimos são difíceis de diferenciar e, como trabalham juntos, vamos juntar os dois em "venoso".
Doença venosa é adquirida ao longo da vida, com dilatações das veias para acomodar mais sangue. Essas dilatações formam verdadeiros sacos cheios de sangue (as varizes). A distensão dos sacos provoca dores, extravasamento de líquidos (inchaço), e escurecimento da pele (pelo deposito de hemossiderina, vindo das hemácias mortas). O Inchaço é maior à noite, pela gravidade, bem como a dor é maior quando a pessoa esta de pé.
Cuide bem de quem sempre carregou você. E preste atenção no que ele tentar avisar!
A doença arterial é mais grave. A obstrução de artérias grandes (como femoral, ilíaca e até aorta) e menores (pediosa, poplítea) levam a falta de sangue crônica, inicialmente nos dedos e cada vem mais próximo da raiz da coxa. Os pelos das pernas e pés diminuem, pelo sofrimento crônico, e a pele em especial da planta dos pés e dedos se torna pálida, e em casos mais greves, escura e com feridas. Quando a pessoa faz esforço com as pernas, elas doem. E isso obedece um padrão evolutivo: primeiro dores durante longas caminhadas, depois médias distâncias e depois qualquer distância. As dores desaparecem assim que a pessoa para de andar.
NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DESSA PUBLICIDADE ;)

Identifique o problema

Um teste simples que pode ser feito em casa é comprimir com o dedo uma polpa digital. Assim que você solta, ela esta pálida, e logo depois o sangue que você "espremeu" para fora preenche de novo a região deixando ela cor de rosa ou vermelha. Meça também no dedão do pé. O tempo tem que ser menor que três segundos - mais do que isso é suspeito.
Existe um exame chamado índice tornozelo braquial que usa esse princípio. Com um ultrassom ele mede a pressão em uma artéria do pé e compara com a pressão em uma artéria do braço do mesmo lado. Se a razão entre a pressão do tornozelo sobre a do braço for menor que 0,9, é sinal de risco aumentado para doença arterial periférica, e isso já coloca a pessoa em uma condição de maior risco de infarto, angina e AVC.
O não tratamento de doença arterial periférica pode levar à obstrução aguda, ruptura de placas, gangrena e necrose de dedos e pés. Muitas pessoas são amputadas anualmente sem necessidade, e não chegariam a isso se tivessem prevenido. A prevenção passa por dieta, exercícios e medicamentos para controle de colesterol e triglicerídeos.

Banho de Clorexidina 2% reduz incidência de infecção em pacientes politraumatizados

Posted: 21 Feb 2017 03:42 AM PST
Segundo informações do estudo realizado em Chicago nos EUA, pacientes politraumatizados podem ter menor chance de adquirir infecção hospitalar quando recebem banho diário com tecido umedecido em gluconato de clorexidina a 2%.

A incidência de infecções de corrente sanguínea chegou a ser 4 vezes menor naqueles pacientes que receberam banho de clorexidina.

Para os pacientes que receberam o banho com clorexidina a incidência de Pneumonia por MRSA (S. Aureus Meeticilina Resistente) associada a ventilação mecânica foi significativamente menor, sendo 3,5 vezes. Já o índice de ocorrência de infecções associadas a ventilação mecânica não foi menor quando analisadas de forma global.

Além dos reduzidos índices de infecção, também os índices de colonização por MRSA e Acinetobacter sp foram mais baixos. Pacientes que receberam banho de clorexidina tiveram cerca de 3 vezes menos chance de colonização por MRSA e 4,6 vezes menor colonização por Acinetobacter sp.

Resta então uma reflexão para repensarmos a respeito do banho oferecido aos nossos pacientes politraumatizados em Unidade de Terapia Intensiva.

Fonte Clique Aqui 





terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Ataque isquêmico transitório

O que é Ataque isquêmico transitório?

Sinônimos: acidente isquêmico transitório, ait, mini-derrame, mini-avc
O AIT significa Ataque Isquêmico Transitório, ou seja, uma determinada artéria cerebral sofre um "entupimento" e ocorre um déficit neurológico. Como o AVC, uma pessoa que sofre de AIT tem um déficit neurológico (motor, sensitivo, cerebelar, visual, linguagem, etc.) decorrente de uma isquemia ("entupimento" de uma artéria cerebral) ou hemorragia ("rompimento" de uma artéria cerebral).

A diferença entre o AIT e o AVC é que o déficit neurológico no AIT, necessariamente, será reversível em até 24 horas - normalmente, é estabilizado em um tempo bem mais curto. A grande questão sobre o AIT é que, embora estes indivíduos não fiquem com sequelas, existe um risco enorme para que ocorra um AVC propriamente dito. Assim, o AIT é um dos principais fatores de risco para o AVC.

Causas

Coágulos de sangue que bloqueiam temporariamente o fluxo de sangue para o cérebro são a causa mais comum de AIT.
Um coágulo de sangue pode se formar numa artéria que fornece o sangue para o cérebro. As causas para esse acontecimento podem ser:
  • Artérias danificadas pelo acúmulo de placas de colesterol, que é um processo chamado de aterosclerose
  • Pressão arterial elevada ou diabetes pode danificar os vasos sanguíneos mais pequenos no cérebro, formando um coágulo dentro dos vasos sanguíneos e bloqueando o fluxo de sangue.
Um coágulo de sangue pode se formar em outra parte do corpo (geralmente o coração) e viajar através da corrente sanguínea para uma artéria que fornece o sangue para o cérebro. Nesse, os coágulos podem se formar:
  • Depois de um infarto
  • Como um resultado de outras condições que alterem o fluxo de sangue para o coração. Estas condições incluem ritmos cardíacos anormais (especialmente fibrilação atrial), problemas nas válvulas cardíacas, defeitos do septo atrial e insuficiência cardíaca.
Além disso, uma artéria que está parcialmente bloqueada com placa pode reduzir o fluxo sanguíneo para os sintomas cérebro e causar um AIT.
Causas raras de coágulos sanguíneos que podem causar um AIT incluem:
  • Acúmulo de bactérias, células tumorais ou bolhas de ar que se movem através da corrente sanguínea
  • Doenças que aumentam a coagulação do sangue, como policitemia e doenças falciformes
  • Inflamação nos vasos sanguíneos, que podem se desenvolver a partir de condições como a sífilistuberculose ou outras doenças inflamatórias
  • Lesão na cabeça ou no pescoço que resulta em danos aos vasos sanguíneos na cabeça ou no pescoço
  • Um rasgo na parede de um vaso sanguíneo localizado no pescoço.

Fatores de risco

Alguns fatores de risco para AIT não podem ser alterados. Outros você pode controlar. Os fatores de risco que você não pode mudar são:
  • Histórico familiar de AVC e AIT
  • Idade, sendo que o risco aumenta especialmente depois dos 55 anos
  • Gênero, sendo que os homens têm uma probabilidade maior de sofrer um AIT e AVC
  • AIT anterior
  • Doença falciforme
  • Etnia, sendo que pessoas negras estão em maior risco.
Os fatores de risco que você pode tomar medidas para controlar são:
  • Pressão arterial elevada
  • Colesterol alto
  • Doença cardiovascular
  • Doença arterial periférica
  • Diabetes
  • Altos níveis de homocisteína no sangue
  • Excesso de peso e obesidade
  • Tabagismo
  • Sedentarismo
  • Dieta rica em sal e gorduras
  • Abuso de álcool
  • Uso de drogas ilícitas
  • Uso de pílulas anticoncepcionais.

Sintomas de Ataque isquêmico transitório

Um AIT é de início súbito e geralmente dura entre dois e 30 minutos; raramente se prolonga para além de 1 ou 2 horas. Os sintomas são variáveis em função da parte do cérebro que tenha ficado desprovida de sangue e de oxigénio. Dessa forma, podem ocorrer muitos sintomas diferentes, tais como:
  • Perda de sensibilidade no braço, perna ou outra parte do corpo
  • Debilidade ou paralisia no braço, perna ou outra parte do corpo
  • Enjoo
  • Fala enrolada e pouco compreensível
  • Dificuldade de se expressar
  • Perda parcial da visão ou da audição
  • Visão dupla
  • Movimentos abruptos
  • Incontinência urinária
  • Embora os sintomas sejam semelhantes aos de um AVC, são transitórios e reversíveis. No entanto, os episódios de AIT podem acontecer mais de uma vez, inclusive no mesmo dia.
    NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DESSA PUBLICIDADE ;)

     diagnóstico e exames

    Buscando ajuda médica

    E o que fazer afinal? Simples, na suspeita de um AVC procure imediatamente um pronto-socorro - evite esperar para "ver se a sensação passa". Se possível, prefira hospitais que contam com um serviço dedicado ao tratamento agudo do AVC e AIT.

    Na consulta médica

    O AIT muitas vezes é diagnosticado em uma situação de emergência, mas se você está preocupado com o risco de ter um AVC, pode se preparar para discutir o assunto com o seu médico na próxima consulta. Especialistas que podem diagnosticar AIT e acompanhar seu risco são:
    • Cardiologista
    • Neurologista
    Estar preparado para uma futura consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
    • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
    • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
    • Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

    Diagnóstico de Ataque isquêmico transitório

    A avaliação imediata é recomendada se você já teve ou está tendo um AIT. O objetivo da avaliação é:
    • Verificar se há outra causa de seus sintomas, como um AVC, hipoglicemia ou paralisia de Bell
    • Procurar por um coágulo de sangue
    • Descobrir se você precisa de cirurgia para reabrir a artéria obstruída
    • Descobrir se você precisa de medicamentos para prevenir coágulos sanguíneos.
    Se os seus sintomas AIT desapareceram completamente, os resultados de um exame físico será normal, e o diagnóstico de um AIT normalmente será baseado no seu histórico médico alguns testes:
    • Tomografia computadorizada da cabeça
    • Ressonância magnética
    • Ultrassom Doppler
    • Angiografia por ressonância magnética
    • Angiograma
    • Radiografia de tórax
    • Eletrocardiograma
    • Ecocardiograma
    • Exames de colesterol e triglicérides.
    Você pode fazer outros exames de sangue, como um hemograma completo, com base em sua idade e história médica.

    Tratamento de Ataque isquêmico transitório

    Uma vez que seu médico ou médica determinou a causa do AIT, o objetivo do tratamento é corrigir a anomalia e evitar um AVC. Dependendo da causa do AIT, o médico pode prescrever medicamentos para reduzir a tendência de coagulação do sangue, pode recomendar a cirurgia ou um procedimento de balão.

    Medicamentos

    O medicamento selecionado depende da localização, causa, gravidade e tipo de AIT. Dois tipos de medicamentos frequentemente prescritos são:
    • Antiplaquetários, que fazem suas plaquetas, um dos tipos de células do sangue circulante, menos propensas a se agruparem e formarem coágulos
    • Anticoagulantes, que afetam proteínas do sistema de coagulação em vez da função das plaquetas. Também reduzem o risco de coágulos.

    Endarterectomia

    Se você tem uma artéria carótida moderadamente ou severamente diminuída, o médico pode sugerir a endarterectomia de carótida. Esta cirurgia preventiva retira os depósitos de gordura (placas ateroscleróticas) das artérias. É feita uma incisão para abrir a artéria, as placas são removidas, e a artéria é fechada.

    Angioplastia

    Em casos selecionados, um procedimento chamado angioplastia, ou implante de stent, é uma opção. Este procedimento envolve o uso de um dispositivo parecido com balão para abrir uma artéria entupida, com a colocação de um tubo pequeno arame (stent) na artéria para mantê-la aberta.

    Convivendo/ Prognóstico

    O objetivo do tratamento depois de um AIT envolve evitar possíveis eventos futuros. Por isso, mudanças no estilo de vida são uma parte importante do acompanhamento. Veja o que é preciso fazer para se recuperar do AIT e impedir um AVC ou outro mini-derrame:
    • Não fumar ou permitir que outros fumem perto de você
    • Limite de álcool a duas doses por dia para homens e uma dose por dia para as mulheres
    • Manter um peso saudável
    • Praticar pelo menos 30 minutos de exercícios na maioria dos dias da semana (caminhada é uma boa escolha)
    • Manter uma dieta equilibrada, pobre em colesterol, gorduras saturadas e sal, conforme orientação profissional
    • Fisioterapia
    • Terapia ocupacional
    • Fonoaudiologia.
    Prevenção
    • Não fume
    • Tenha uma dieta equilibrada, com baixos níveis de colesterol e gorduras e abundância de frutas e legumes
    • Limite de sódio
    • Exercício regular
    • Limitar a ingestão de álcool
    • Mantenha um peso saudável
    • Não use drogas ilícitas
    • Controle o diabetes.

     fontes e referências

    • Sociedade Brasileira de Neurologia
    • Mayo Clinic
    • American Academy of Neurology

Retenção Urinária e os cuidados de Enfermagem

incapacidade da bexiga se esvaziar completamente é dada o nome de retenção urinária. A urina acumula-se no interior da bexiga, distendendo as paredes e causando sensação de peso, de desconforto e sensibilidade dolorosa à palpação da região supra púbica, além de irritabilidade e sudorese.

Capacidade da Bexiga:

Adulto: Varia entre 500 a 1000 ml sem representar grandes sofrimentos de sua musculatura.
- Entre 150 e 200 ml já existe sinais nervosos que indicam o desejo consciente de urinar.
- Em casos graves de retenção urinária, a bexiga chega a conter entre 2000 e 3000 ml de urina.

 Sinais e Sintomas:

- Ausência de diurese pelo espaço de várias horas;
- Distensão da bexiga (globo vesical);
- Dor intensa, sempre que a distensão da bexiga ultrapassar a capacidade normal deste órgão.

 Causas mais comum:

- Aumento da próstata; 
- Constipação, 
- Estreitamento e edema da uretra como consequência de parto e cirurgia;
- Ansiedade emocional pode afetar a capacidade de relaxamento dos esfíncteres uretrais (que são músculos de formato circular que contraem e relaxam, controlando a saída da urina).

Cuidados de enfermagem:

- Deixar o paciente confortável;
- Garantir a privacidade durante a micção;
- Abrir torneiras e chuveiros próximos;
- Molhar os pés dos clientes acamados, pois essas medidas ajudam a relaxar os esfíncteres uretrais;

Caso não se obtenha sucesso ao estimular a diurese espontânea, será necessário:
- Sondagem vesical de alívio (mediante prescrição).




Entendendo o Balanço Hídrico


Posted: 17 Feb 2017 11:38 AM PST
Em percentual, a criança possui mais água corporal do que o adulto, cerca de 80% do peso e o recém-nascido pode ter ainda mais que isso.

Já uma pessoa adulta tem cerca de 70% do seu peso em água. Isso equivale a quase 50 kg de água em um adulto de 70 kg e cerca de 50 litros de água distribuídos pelo corpo.

Os idosos por sua vez, possuem menor quantidade de água do que os jovens, em média 50% do peso corporal. Isso pode explicar a importância do componente hídrico em nosso corpo e a importância dos mecanismos fisiológicos que mantêm esses volumes líquidos estáveis.

Em condições normais de saúde perdemos água de diversas maneiraspela transpiração, pela urina, através do metabolismo celular (processo de funcionamento das células que garante a vida) e pela perspiração, que é a perda de água através da respiração e da fala.

Quando estamos nos exercitando, transpiramos muito mais e as perdas da perspiração são muito maiores. 

Também perdemos água em situações não fisiológicas como quando estamos com febre ou acometidos por doenças que causam falta de ar, como as pulmonares e aquelas que causam perda de grandes volumes urinários, como o diabetes descompensado.

As crianças, os obesos e os idosos são mais vulneráveis quando perdem água, mesmo que seja em pequena quantidade. A água proporcional ao peso corporal do obeso é muito menor do que nos magros, podendo chegar a 25-30% apenas, tornando-os vulneráveis à desidratação. Isso pode explicar o quanto é equivocada a atitude de se usarem diuréticos para emagrecer.
Pode haver realmente perda de peso, mas, às custas de desidratação e não de perda de gordura corporal. Pode-se dizer a mesma coisa dos laxantes, que causam diarreia e perda de água com a ilusória redução do peso. Tudo muito temporário, desconfortável e arriscado para os pacientes.

REGULAÇÃO HÍDRICA

O ideal seria a ingestão frequente de líquidos independente da sede, pois quando sentimos sede é porque já estamos um pouco desidratados. Nossos mecanismos de sede tornam mais fáceis à prevenção da desidratação grave.

Quando o tempo está muito seco, nossa hidratação deve ser intensificada e vale tudo: a água filtrada ou mineral, a água de côco, os líquidos isotônicos - aqueles com adição de eletrólitos como potássio e sódio - os chás gelados e os sucos naturais.
A água de côco e os sucos naturais têm a vantagem de serem também nutritivos, além de hidratantes. Além dos líquidos, nossa hidratação estará sempre sendo incrementada quando consumimos legumes, verduras e frutas, pois nesses alimentos a água é o principal componente.

BALANÇO HÍDRICO

É a mensuração da quantidade de líquidos ingeridos e eliminados pelo cliente num período de 24 horas (dia e noite).

Finalidade: avaliar condições de hidratação e eliminação corpóreas.

Líquidos ingeridos (balanço positivo): água, sangue e hemoderivados, alimentos líquidos, soro intravenoso, medicações.

Líquidos eliminados (balanço negativo): vômito, diarreia, suor, urina em excesso, líquidos drenados por drenos ou sondas, queimaduras, respiração excessiva.

Exemplo 1:

O paciente/cliente recebeu 2.500 ml entre dieta e medicações e eliminou 1.900 ml entre diurese e outras drenagens.

2.500 – 1.900 = 600 ml

Portanto o balanço das 24 horas neste caso é positivo, pois o paciente teve mais ganhos do que perdas.

Exemplo 2:

O paciente/cliente recebeu 1.900 ml entre dieta e medicações e eliminou 2.200 ml entre diurese e drenagens.

1.900-2.200 = - 300

Portanto o balanço hídrico das 24 horas é negativo, pois o cliente teve mais perdas que ganhos.

O equilíbrio entre ganho e perda líquida pode sofrer alterações, ocorrendo depleção ou retenção hídrica.

perda excessiva de líquidos corpóreos ocasiona a desidratação; a retenção de líquidos ocasiona o edema que por sua vez, sobrecarrega o aparelho cardiovascular.

Ideal que os pacientes sejam pesados antes do início do controle. Todo o paciente em controle hídrico está em controle de diurese, ou seja, o uso de coletor de urina é indispensável.

Clientes em controle hídrico podem estar ainda em restrição hídrica, em que o médico prescreve a quantidade de líquidos que poderá ser oferecida ao paciente em 24 horas; neste caso a melhor distribuição de líquidos deverá ser estabelecida.


É atribuição do profissional de Enfermagem anotar todas as medicações infundidas, administradas, dietas oferecidas e as recusas, eliminações vesicais e intestinais e anotar suas características, débito de drenos e seu aspecto, durante seu plantão no paciente que está sob sua responsabilidade.